ARTESANATO
O artesanato tradicional de Ubatuba tem suas raízes nos trabalhos em taquara, palha e vime, desenvolvidos pelos índios. Depois mesclou-se com o barro e a madeira, utilizados com elegância pelos franceses que aqui se instalaram. Os artesãos do município em sua maioria produzem cestaria, trançado, entalhe e escultura em madeira. Os pintores tradicionais utilizam cores vivas e vibrantes sobre peças de cerâmica ou madeira, modeladas e estruturadas com as mesmas formas desenvolvidas por seus antepassados.
O comércio de artesanato local concentra-se basicamente nas lojas do centro e nos sertões espalhados pelo município. Ubatuba também participa de feiras e exposições em vários Estados do Brasil, mostrando a arte desenvolvida por várias gerações do povo caiçara.
CESTARIA
Os cestos são feitos de imbé, taquara, palha, em tamanhos variados, para finalidades diferentes. A trama aberta ou fechada depende da inspiração de quem faz. Em cada bairro há um tipo de trabalho. No Sertão da Quina a trama é aberta e leve. No Sertão do Araribá, Almada, e Ubatumirim, o forte é o cesto, grande ou pequeno. No Ipiranguinha faz-se peneira. No Perequê-Açú, as cestinhas com tampa e o abajur, de vários modelos.
TRANÇADO
A trança pode ser feita de embira, palha ou taboa. A primeira é extraída da mata e requer esforço para o corte. O processo de secagem e a trança encarecem os tapetes, redes, porta-vasos etc. Trabalhos trançados podem ser encontrados no Sertão da Quina, nas Toninhas, no Itaguá, Morro das Moças, Marafunda e Ipiranguinha.
MADEIRA
Entalhes, esculturas e móveis rústicos compõem o artesanato em madeira de Ubatuba. Os temas quase sempre são inspirados na natureza, como as flores, os animais etc. As imagens religiosas são feitas em louro, bicuíba, guaica, guairana, cajarana etc. Foices, machados, facões, gamelas, trabucos, pilões e móveis rústicos podem ser encontrados no bairro do Taquaral e da Casanga (estrada velha para Itamambuca).
O conhecimento para a elaboração de canoas (embarcação monóxila, comprida, impelida a remos, ou por uma vela de pendão, ou por motor de popa, usada pelos pescadores), hoje, é detido por pouquíssimas pessoas. A legislação de proteção ambiental impede o desenvolvimento desta atividade.
ARTESANATO INDÍGENA
O Sertão do Prumirim abriga uma aldeia de índios guaranis. Embora prefiram a distância dos brancos, esses índios expõem seu produto artesanal na rodovia Rio-Santos, nos fins-de-semana, próximo à cachoeira do Prumirim. São cestos, balaios, arco e flecha, machadinha, chocalhos, colares de penas, conchas e contas, utilizando o cipó, o imbé e a taquara.