A fibra de bananeira é produzida a partir das bainhas foliares extraídas do pseudocauleda bananeira, que equivale a seu tronco.
O corte do pseudocaule é uma prática adotada no sistema de cultivo da banana.
Do pseudocaule da bananeira é possível extrair vários tipos de fibras, cada uma com sua característica: capa (externa), seda (interna) e renda (intermediária).
A camada externa é a mais grossa e são para trabalhos que exijam resistência do material. A interna é a mais fina, indicada para acabamentos das peças. A camada intermediária é a ideal para ornamentar.
Produção do fio
A produção do fio da bananeira é realizada em duas etapas.
Primeiro se extrai as fibras através do processo de desfibragem (separação e remoção de resíduos), que pode ser feito por maceração, mecânica ou manualmente.
Maceração:
as bainhas são colocadas em um tanque com água por alguns dias, até que as fibras se separem do tecido. Muitas vezes o material se perde por apodrecimento. Para uma fibra de qualidade é preciso que a água seja boa, que a temperatura e a limpeza do tanque sejam adequadas.
Mecânica: é o processo mais rápido, embora ainda não exista equipamento adequado no mercado.
Manual:
esse processo é o que apresenta melhores resultados, considerando-se a qualidade da fibra obtida. Neste processo são necessários uma faca, um garfo, uma escova de cerdas de aço e um cilindro para massas. O cilindro é usado para aplainar a bainha e retirar o excesso de água. Depois se separam as camadas interna e externa com a faca. Raspa-se a bainha para tirar o excesso de mucilagem e a película externa. A separação das fibras é feita com o garfo para abrir sulcos e, depois, a escova de aço separa as fibras em pequenos feixes. Lava-se o feixe de tiras. Quando estiverem devidamente separadas e livres de resíduos, estende-se o feixe no varal para secagem. Em dias de sol, as folhas estarão secas após seis ou oito horas, momento em que se pode iniciar o processo de confecção do fio. Para a fiação é necessário subdividir o feixe e umedecê-lo para evitar que as fibras arrebentem. As partes separadas vão sendo inseridas na roca, que, por processo de torção, vai originando o fio.
Tingimento:
para esse tipo de processo o tingimento será natural utilizando corantes de folhas ou sementes, como o urucum, eucalipto, casca de cebola e açafrão em vez de produtos químicos. Para tingir utilizando o urucum é só dissolve-lo em água fervendo (na água fria ele não é solúvel) junto com a folha de goiabeira, pois esta age como mordente (substância que faz a tinta aderir à fibra). Coloca-se a fibra na substância e leva-se ao fogo por uma hora.Depois de retirar do fogo é preciso mantê-la imersa por mais 24 horas.
Depois que se extrai a fibra, através dos métodos citados acima, vem a segunda etapa que é a de fiação, ou seja, torção ou redução da fibra em fio.
Fonte :
www.atrmacramebordado.arteblog.com.br/.../
Um comentário:
muito legal estas dicas...vou fazer com certeza...brigada bj e fiquem com DEUS MADALENA RECH BRAÇO DO NORTE SANTA CATARINA
ATELIE REFUGIO DA ARTE
Postar um comentário